Mudanças climáticas são quebras no padrão do clima. O clima é um estado da atmosfera que envolve diversos fatores: umidade, chuva, temperatura, vento, em mais de um período específico de tempo (normalmente, os dados de clima são registrados durante dez anos ou mais).

O clima é diretamente influenciado pelo oceano, superfícies terrestres e camadas de gelo, esses três tópicos reunidos formam o Sistema Climático. As mudanças climáticas são causadas por ações nessas superfícies que também são afetadas diretamente.

Mas por que as mudanças climáticas ocorrem?

A Terra, o globo terrestre, é como uma casa de vegetação (você pode ver um exemplo na imagem abaixo).

Foto por Clara Barros / @claroviski

Uma casa de vegetação é um local onde há irrigação automática (o que você pode ligar à chuva); onde a água que cai é absorvida pelas plantas, perdida pela transpiração das mesmas e não evapora para além da casa, fica apenas ali naquela atmosfera; e há regulação de seu próprio microclima. Ou seja, nada sai, tudo que há no ar (na atmosfera) daquele lugar, é reaproveitado. E a Terra funciona da mesma maneira.

O globo está envolto por uma camada chamada de atmosfera, essa atmosfera é composta por diferentes gases, sendo 78% de Nitrogênio, 21% de Oxigênio e 1% de outros, além disso há uma camada chamada de Camada de Ozônio, composta pelo gás ozônio (O3) e responsável por filtrar 95% da radiação solar que chega à Terra. 

É graças à essa atmosfera inteira, que nosso planeta é habitável. A atmosfera é como se fosse o vidro da nossa casa de vegetação e digamos que ela tenha algum tipo de plástico filme sobre para que impeça o sol de adentrar tão forte que queime as plantas que estão dentro dela, ou aumente a temperatura demais (o efeito estufa). Vamos chamar então a Camada de Ozônio, de plástico filme (um óculos solar). Porém, essa camada é frágil e pode ser perfurada caso alguns gases tóxicos sejam liberados e cheguem até ela em excesso. Podemos pensar nesses gases tóxicos como pedrinhas que batem contra o vidro da casa, e batem tão constantemente que podem gerar rasgos no plástico que a protege dos raios solares.

Um desses gases poluentes e destrutivos para a camada de ozônio é o dióxido de carbono, e entender o aumento de sua concentração na atmosfera em relação ao desenvolvimento econômico, nos permite enxergar onde estamos errando e a partir disso, encontrar soluções viáveis. E entender as mudanças climáticas, é entender também as flutuações de dióxido de carbono presente na atmosfera.

Durante a Era do Gelo, a concentração de CO2 era de 200ppm (partes por milhão) e em 2013, a concentração alcançou 400ppm. Esse aumento ocorreu por conta do desenvolvimento da humanidade, primeiramente começando com a queima de combustíveis fósseis (carvão, gás natural e petróleo). Se essa concentração de gases poluentes, como o dióxido de carbono, continuar se elevando, mais radiação solar ficará retida na atmosfera que envolve a Terra e então a temperatura continuará aumentando.

Mas além da temperatura se elevando, o que pode acontecer com essas mudanças climáticas?

Bom, muitas coisas e nada legais. O IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) explica. São elas:

• Perda de gelo do mar, e o Ártico já poderia ficar totalmente sem gelo até o meio do século (ursos polares já morrem por isso);
• Aceleração no aumento dos níveis do mar (o mar subiria mais de 1 metro até 2100, o que pode parecer pouco, mas já bastaria para inundar cidades inteiras. Regiões como Duque de Caxias - RJ e Caraguatatuba e Baixada Santista em SP, seriam submersas, como demonstra estudo publicado na revista Nature Communications);
• Haveria maiores períodos de verão, com temperaturas muito mais elevados, prejudicando totalmente a produção de alimentos no campo;
• Esse aumento na temperatura também provocará novas doenças contagiosas (o que já vemos acontecer com o CoronaVírus);
• Além das cenas de filmes catastróficos: tsunamis, secas, ondas de calor, furacões...